Em pronunciamento no Plenário nesta quinta-feira (8), o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) criticou a operação Tempus Veritatis (hora da verdade, em latim) da Polícia Federal para investigar as acusações de tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou a apreensão do passaporte de Jair Bolsonaro e a prisão preventiva de quatro pessoas, entre elas seu ex-assessor Filipe Martins e o coronel da reserva Marcelo Costa Câmara. O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, também é alvo da operação e foi preso em flagrante por posse ilegal de arma.
Na avaliação do senador, a operação “está sendo misturada” com outras investigações, como a que apurava fraude no cartão de vacinação do ex-presidente, com o objetivo de suprimir a oposição política no país.
"Tudo está sendo misturado para alcançar indistintamente opositores políticos, inclusive o principal partido de oposição [PL]. As medidas persecutórias variam segundo as circunstâncias (...). Estamos caminhando para a implantação de um regime autoritário. O que se vislumbra nessa onda de apreensões deflagradas hoje é a intenção de caracterizar as manifestações da população como fruto de uma conspiração golpista, desqualificando toda e qualquer forma de protesto", disse Mourão.
Durante seu discurso no senado, Hamilton Mourão pediu que o exército enfrente o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Veja o vídeo abaixo.
🚨Urgente: Senador Hamilton Mourão sobe o tom e convoca Forças Armadas a reagirem contra Alexandre de Moraes.😏 pic.twitter.com/yH9JMYr6wd
— Evane Ericeira (@evaneericeira) February 8, 2024
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