Bolsonaro pediu apoio de cantores sertanejos; Collor antes de deixar a presidência fez o mesmo

 
Collor e Bolsonaro com cantores

Não é de hoje, que artistas sertanejos estão associadas com os políticos de direita. No início da década de 90, durante o governo Collor e o boom da música sertaneja nas rádios, cantores sertanejos eram vistos com frequência na Casa da Dinda, residência oficial do então presidente Fernando Collor em Brasília. Só em 1992, o programa Sabadão Sertanejo, apresentado por Gugu Liberato no SBT, levou os nomes mais badalados do sertanejo para fazer uma roda de sertanejo no quintal da Casa da Dina em duas oportunidades.

Naquele ano, diversos escândalos de corrupção envolvendo Collor pipocavam no noticiário e o colocavam nas cordas. 

A cena sertaneja se mobilizou para demonstrar apoio ao presidente que teria o mandato cassado meses depois (Collor renunciou antes do impeachment). Não é de hoje, portanto, que o grosso dos artistas sertanejos apoia a direita.

É uma relação simbiótica que vem sendo construída há décadas entre sertanejos, agronegócio e políticos da direita, um consórcio em que todos saem ganhando. 

VÍDEO DE COLLOR


O presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu para um evento no Palácio do Alvorada nesta segunda-feira (17) artistas sertanejos, que anunciaram apoio ao mandatário neste segundo turno das eleições. Todos evocaram família, religião e aversão ao socialismo ao anunciar apoio à reeleição do chefe do Executivo.

Bolsonaro, Leonardo e Gustavo Lima 

Estiveram presentes Gusttavo Lima, Leonardo, Chitãozinho, Zezé di Camargo, Fernando [da dupla com Sorocaba), Sula Miranda, entre outros. Também compareceram o apresentador Ratinho e o governador reeleito de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil).

Uma das estratégias da campanha de Bolsonaro é buscar colar a imagem do presidente aos músicos famosos do gênero. Mais recentemente, no domingo (9), ele visitou no camarim do estádio Mané Garrincha, em Brasília, a dupla Henrique e Juliano.

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