Neste momento, tramita no Senado uma nova proposta de código eleitoral, já aprovada na Câmara.
Todo o debate versa sobre a proibição ou não de divulgação de pesquisas eleitorais e a data limite para que elas sejam divulgadas.
Importante lembrar que o texto não foi aprovado integralmente pelo Congresso no prazo de pelo menos 1 ano antes das eleições; por isso, as mudanças não valem para a eleição deste ano. Se forem aprovadas até setembro de 2023, vigoram no pleito municipal de 2024.
Essa discussão vem ganhando força pelos resultados tão diferentes entre as pesquisas mais recentes.
É realmente difícil acreditar no conjunto da obra.
Tem pesquisa, que mostram Lula quase 20 pontos na frente de Bolsonaro. Outra indica cenários mais próximos do empate técnico.
Quem tem razão?
É sabido que há diferenças de metodologia. Algumas pesquisas são presenciais; outras são feitas por telefone.
Tudo isso pode explicar ou não a diferença entre os resultados captados por empresas distintas. Mas certamente confunde muita gente.
E como explicar as diferenças de resultados com empresas que têm a mesma metodologia?
TRANSPARÊNCIA E AUDITORIA
Não há transparência a respeito das entrevistas descartadas pelas empresas de pesquisa, nem auditagem de todas as entrevistas realizadas.
Há empresas que têm sistema de checagem on-line e acompanhamento da própria pesquisa no campo por um aplicativo no telefone celular do pesquisador, que acompanha a entrevista em tempo real. Outras não têm qualquer forma de controle, ou eventualmente dispõem de algo mais simples –apenas uma possibilidade de conferência em base de teste, com uma supervisão ligando para o entrevistado para conferir se houve ou não a entrevista.
Às vezes há dúvida até sobre a própria realização da pesquisa. Já cansamos de ouvir candidatos que pedem para alguém apontar um conhecido que tenha sido entrevistado alguma vez.
RESULTADOS INDUZEM VOTOS
Por mais que falem que as pesquisas não influenciam o resultado das eleições, elas influenciam sim – as alianças políticas, os apoios que uma candidatura pode receber, o engajamento dos apoiadores e, ao fim do processo eleitoral, o voto em si.
Uma parte da população não gosta de votar em quem vai perder. É o chamado voto útil.
Outra parte dos eleitores tem o seu candidato já definido, mas se assusta ao ver a divulgação de números contrários a ele, e nem consegue de qual empresa fez a pesquisa. A maioria não consegue discernir se determinada empresa de pesquisas é séria ou não.
Para essa parte da população, só o fato da pesquisa ter sido divulgada pela televisão já significa que ela é verdadeira, independente de quem fez e da sua metodologia.
Um exemplo: o fato do eleitor não gostar de votar em que acha vai perder pode fazer com que a eleição seja decidida em 1º turno. Com a polarização acentuada, o eleitor que não votaria em Bolsonaro e nem em Lula pode antecipar a sua escolha de 2º turno ao ver que seu candidato alternativo não teria chances.
O raciocínio é que, como a eleição será decidida em 2º turno entre 2 candidatos, por que já não antecipar esse voto para o 1º turno?
Para que ficar vendo essa disputa se estender por mais 3 semanas e votar de novo, sendo que já posso fazer isso logo?
FICA O ALERTA !!!
Essa discussão vem ganhando força pelos resultados tão diferentes entre as pesquisas mais recentes.
É realmente difícil acreditar no conjunto da obra.
Tem pesquisa, que mostram Lula quase 20 pontos na frente de Bolsonaro. Outra indica cenários mais próximos do empate técnico.
Quem tem razão?
É sabido que há diferenças de metodologia. Algumas pesquisas são presenciais; outras são feitas por telefone.
Tudo isso pode explicar ou não a diferença entre os resultados captados por empresas distintas. Mas certamente confunde muita gente.
E como explicar as diferenças de resultados com empresas que têm a mesma metodologia?
TRANSPARÊNCIA E AUDITORIA
Não há transparência a respeito das entrevistas descartadas pelas empresas de pesquisa, nem auditagem de todas as entrevistas realizadas.
Há empresas que têm sistema de checagem on-line e acompanhamento da própria pesquisa no campo por um aplicativo no telefone celular do pesquisador, que acompanha a entrevista em tempo real. Outras não têm qualquer forma de controle, ou eventualmente dispõem de algo mais simples –apenas uma possibilidade de conferência em base de teste, com uma supervisão ligando para o entrevistado para conferir se houve ou não a entrevista.
Às vezes há dúvida até sobre a própria realização da pesquisa. Já cansamos de ouvir candidatos que pedem para alguém apontar um conhecido que tenha sido entrevistado alguma vez.
RESULTADOS INDUZEM VOTOS
Por mais que falem que as pesquisas não influenciam o resultado das eleições, elas influenciam sim – as alianças políticas, os apoios que uma candidatura pode receber, o engajamento dos apoiadores e, ao fim do processo eleitoral, o voto em si.
Uma parte da população não gosta de votar em quem vai perder. É o chamado voto útil.
Outra parte dos eleitores tem o seu candidato já definido, mas se assusta ao ver a divulgação de números contrários a ele, e nem consegue de qual empresa fez a pesquisa. A maioria não consegue discernir se determinada empresa de pesquisas é séria ou não.
Para essa parte da população, só o fato da pesquisa ter sido divulgada pela televisão já significa que ela é verdadeira, independente de quem fez e da sua metodologia.
Um exemplo: o fato do eleitor não gostar de votar em que acha vai perder pode fazer com que a eleição seja decidida em 1º turno. Com a polarização acentuada, o eleitor que não votaria em Bolsonaro e nem em Lula pode antecipar a sua escolha de 2º turno ao ver que seu candidato alternativo não teria chances.
O raciocínio é que, como a eleição será decidida em 2º turno entre 2 candidatos, por que já não antecipar esse voto para o 1º turno?
Para que ficar vendo essa disputa se estender por mais 3 semanas e votar de novo, sendo que já posso fazer isso logo?
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