A bancada evangélica da Câmara dos Deputados se reuniu ontem para organizar uma resposta às denúncias de que o ministro da Educação, Milton Ribeiro, prioriza pedidos de prefeituras indicadas por pastores. Segundo informações do colunista Guilherme Amado, do Metrópoles, o encontro teve muitas críticas a Ribeiro.
De acordo com o colunista, um dos mais vocais sobre o assunto durante o encontro foi o deputado e pastor Marco Feliciano (PL-SP), que considerou o episódio como grave e disse que o governo está "sangrando".
Para o deputado, o áudio de Milton Ribeiro que foi divulgado pela Folha de S.Paulo na última segunda-feira (21), é "no mínimo imoral" e o ministro deveria ser afastado.
"Acham que é a bancada evangélica. E não temos nada a ver com isso. A situação ficou ruim, acho que não tem como remediar. O estrago já foi feito", afirmou. "Pesou demais sobre nós. Mais uma vez, como evangélicos, fomos expostos ao ridículo. É péssimo para nós. O ministro deve uma explicação para o Brasil todo. Eu não vejo ele [Milton Ribeiro] como aquilo que nós esperávamos que fosse", completou Feliciano.
Segundo o site, o pastor questionou a motivação dos pastores denunciados: "Se formos ouvir o ministro, é preciso chamar o prefeito para saber se de fato recebeu alguma coisa e, se recebeu, por que os pastores intermediaram. Eles facilitaram gratuitamente? Ninguém sai de uma cidade para outra, de um estado para outro, apenas para fazer uma bondade, a não ser que seja Madre Teresa de Calcutá".
"A nota infelizmente é um imbróglio sem tamanho. Ele desdiz tudo o que está no áudio. É só isso. Primeiro, ninguém é louco, ninguém é bobo, né? Acredito que o próprio Parlamento vai fazer algum tipo de convocação. Eu quero ouvi-lo pessoalmente. O áudio é uma prova. É no mínimo imoral. Se eu sou o ministro neste momento, eu já teria entregado minha carta e me afastado" - Marco Feliciano (PL-SP), em reunião com a bancada evangélica.
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