"O preço do carro não vai baixar tão cedo", afirma a Associação dos Fabricantes de Veículos


Paula Gama
Por UOL

Em 2020, quando os preços dos carros começaram a disparar devido à alta dos insumos e da falta de peças para a fabricação, muitos brasileiros decidiram esperar as coisas voltarem ao normal. Os meses foram passando, viraram anos e os automóveis continuam ficando cada vez mais caros. Afinal, eles devem baixar algum dia? No entender da indústria, não tão cedo.

De acordo com Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, associação das fabricantes de veículos, em 2023 o mercado automotivo mundial finalmente deve voltar a viver uma estabilidade no abastecimento de semicondutores (peça utilizada por toda a indústria de tecnologia, escasso desde 2020), mas isso não será o suficiente para reduzir o preço dos automóveis no Brasil.

"Primeiro, é preciso ressaltar que a figura de carro popular deixou de existir devido à quantidade de tecnologia que um automóvel tem hoje. Temos metas de consumo e emissões, metas de inclusão de novos itens de segurança veicular. O carro de hoje não é o mesmo do início dos anos 2000, são mais seguros e tecnológicos e menos poluentes", avalia o presidente da entidade.

Sobre uma redução de preço - ainda que mais tímida do que os brasileiros desejam - ele explica que só com mudanças estruturais, como a reforma tributária e alterações nas regras do financiamento, já que as montadoras estão trabalhando com margem de lucro apertada e com carros cada vez mais equipados.

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