O Plano Nacional de Operacionalização de Vacinação contra a Covid-19 (PNO) avançou para a fase de orientação da imunização de pessoas com comorbidades. O termo é empregado para pessoas com condições de saúde diversas, como doenças crônicas, que podem facilitar a evolução do quadro de infecção para uma situação grave, o que traz mais riscos de morte e sobrecarrega do sistema de saúde, com internações.
Mas como comprovar as chamadas comorbidades? O Ministério da Saúde orienta que as pessoas estejam pré-cadastradas no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI) ou em unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS).
Contudo, isso não é uma condição. Qualquer pessoa que se enquadrar no grupo de comorbidades pode se dirigir ao posto de vacinação e apresentar algum tipo de comprovação de sua condição de saúde. Entre as comprovações estão exames, relatórios médicos, receitas, prescrições médicas, diagnósticos ou documentos semelhantes que comprovem que o cidadão possui uma das doenças ou condições listadas.
CRITÉRIOS
O Ministério da Saúde orientou as autoridades locais de saúde, através do PNO, que dentro do universo das pessoas acometidas com comorbidades, seja empregado o critério de idade em grupos de intervalos de cinco e dez anos.
Assim, seriam imunizados primeiro as pessoas com 55 a 59 anos. Em seguida, aquelas com 50 a 54 anos. E assim por diante até a idade mínima dos grupos prioritários, de 18 anos.
SANTARÉM NÃO SEGUE
O município de Santarém, no Oeste do Pará, não está seguindo o que determina o PNO, de acordo com as orientações do Ministério de Saúde.
A vacinação deve seguir de acordo com a idade, para os grupos de comorbidades. Porém o município de Santarém, seguiu o caminho inverso.
Com a estimativa de que apenas no grupo de comorbidade façam parte mais de 17 milhões de brasileiros, a vacinação será dividida em várias etapas, priorizando a população de acordo com sua idade e maiores riscos de gravidade e morte.
Na 1ª fase da imunização devem ser vacinadas:
- pessoas com Síndrome de Down, independente de sua idade;
- pessoas com doença renal crônica e em terapia de substituição renal (diálise), independente de sua idade;
- puérperas com comorbidade, independente da idade;
- pessoas com comorbidade entre 55 e 59 anos;
- pessoas com deficiência permanente cadastrada no Programa de Benefício de Prestação Continuada (BPC) entre 55 e 59 anos.
Já nas fases seguintes da imunização, serão consideradas as idades, seguindo dos mais velhos para os mais novos. Ou seja, a imunização será de pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente cadastradas no BPC e puérperas entre:
- 50 a 54 anos (2ª fase);
- 45 a 49 anos (3ª fase);
- 40 a 44 anos (4ª fase);
- 30 a 39 anos (5ªfase);
- 18 a 29 anos (6ªfase).
Abaixo segue a lista das comorbidades, da 2ª a 6ª fase.
- doenças causadoras de imunossupressão: lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Cushing, espondilite anquilosante e outras;
- doenças cardiovasculares: arritmia cardíaca, cardiopatia hipertensiva, insuficiência cardíaca, cardiopatia congênita;
- doenças pulmonares: fibrose cística, hipertensão pulmonar, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), enfisema, asma;
- síndromes coronarianas: angina instável, infarto agudo do miocárdio;
- valvulopatias: aórtica, mitral, pulmonar e tricúspide;
- miocardiopatias e pericardiopatias: doenças que atingem o miocárdio e o pericárdio;
- doença da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas;
- próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados;
- diabetes mellitus;
- hipertensão arterial;
- doenças cerebrovasculares: acidente vascular cerebral;
- doença renal crônica;
- transplantados;
- HIV;
- doenças reumáticas;
- câncer;
- anemia falciforme e talassemia maior;
- cirrose hepática;
- obesidade mórbida.
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