PGR abre investigação contra Bolsonaro e Pazuello na crise de saúde do Amazonas e Pará


O procurador-geral da República, Augusto Aras, abriu uma investigação preliminar para apurar a atuação do presidente Jair Bolsonaro e do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na crise de saúde provocada pela Covid-19 no Amazonas e no Pará.

A abertura da notícia de fato ocorreu a pedido de deputados federais do PCdoB, que afirmam que as atitudes de Bolsonaro e Pazuello na condução da pandemia nos estados tem "fortes indícios quanto a prática de prevaricação". Eles dizem também que há indícios de os dois terem cometido o crime de expor a vida ou a saúde da população a perigo direto ou iminente, ao "propagar a utilização de medicamentos que não têm eficácia científica".

Durante a crise provocada pela falta de oxigênio no Amazonas, devido ao aumento dos casos do novo coronavírus no estado, o Ministério da Saúde enviou ofício à secretaria de Saúde do estado solicitando-a que adotasse o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19.

Aras informou a abertura da investigação preliminar em ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira. No documento ele afirma que, "caso, eventualmente, surjam indícios razoáveis de possíveis práticas delitivas por parte dos noticiados, será requerida a instauração de inquérito nesse Supremo Tribunal Federal".

Além desta apuração, Pazuello também é alvo de inquérito no STF que investiga a conduta do ministro em relação à crise na saúde pública de Manaus. A apuração foi aberta em 25 de janeiro, a partir de um pedido feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

De acordo com dados do consórcio de imprensa, o Pará tem 7.695 mortes e 334.704 casos da doença e o Amazonas 8.564 mortes e 273.862 casos.


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