Cocaína negra, uma droga mais forte e rara começa a invadir o mercado internacional de droga. A substância entorpecente de cor preta, sem cheiro e que não pode ser identificada por reagentes químicos sai do Peru, provavelmente do distrito de Loreto, passa por Manaus e segue para outros países, onde é comercializado a preços que variam entre U$ 30 a 35 mil.
A Polícia Civil e Polícia Federal do Amazonas tem poucas informações sobre a nova modalidade da droga. Na terça-feira passada (2), com a participação da Receita Federal, a polícia do Rio Grande do Sul apreendeu 26 quilos da cocaína negra que chegou pelos Correios e foi recebida por um colombiano morador da cidade de Novo Hamburgo. A droga foi avaliada em R$ 6 milhões e estava em embalagem de açaí desidratado.
De acordo com a polícia rio-grandense, a droga entrou no Brasil pela fronteira do Amazonas, chegou até Manaus pelo rio Solimões (conhecido como corredor do tráfico), depois foi despachada pelos Correios.
O superintendente da Polícia Federal do Amazonas Alexandre Saraiva acredita que os produtores da droga estão utilizando produtos químicos para modificar a coloração da cocaína e assim tentar confundir o trabalho da polícia no combate ao tráfico de droga.
De acordo com investigações preliminares por conta das modificações químicas a cocaína negra é difícil de ser identificada, o que se torna possível por meio de exames laboratoriais, diferente da cocaína branca que ao ser submetida a exame preliminar com narcoteste muda de cor da branca pra azul. Além disso, cães farejadores não conseguem identifica-la no farejo.
Exames preliminares feitos em laboratórios acusaram a existência de substâncias como carvão, grafite e tíner na cocaína negra, considerados ainda mais nociva ao consumo humano.
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