Os acidentes de trânsito em Santarém, no Pará, têm sido uma preocupação crescente, principalmente em 2025, com uma série de fatores que contribuem para o aumento de vítimas e a sobrecarga no Hospital Municipal. Alguns pontos vem contribuindo para o aumento de internações.
Santarém tem registrado um crescimento na quantidade de veículos nas ruas e estradas. Isso pode ser resultado de uma maior urbanização e do aumento do poder aquisitivo da população. Com mais carros, motos e até bicicletas circulando, o risco de acidentes também aumenta.
A falta de manutenção em algumas vias, sinalização deficiente e o crescente número de pontos de conflito no trânsito podem ser fatores importantes. Em algumas regiões de Santarém, as ruas estreitas e mal sinalizadas aumentam a chance de acidentes.
O comportamento imprudente de motoristas e motociclistas, como excesso de velocidade, ultrapassagens arriscadas e o não respeito às leis de trânsito, é uma das principais causas de acidentes. As motocicletas, por exemplo, têm sido um dos veículos mais envolvidos em acidentes graves.
- Em 2021, entre 18 e 30 de maio, o hospital atendeu 112 pacientes vítimas de acidentes de trânsito, sendo 102 envolvendo motos, com 30% dos casos considerados graves. Cerca de 80% desses pacientes, majoritariamente jovens de 18 a 40 anos, permaneceram internados por mais de três dias, impactando a rotatividade de leitos e causando superlotação.
- Em 2022, somente em julho, o hospital realizou 204 cirurgias ortopédicas de média e alta complexidade, muitas relacionadas a acidentes de trânsito, que contribuíram para um recorde de 671 cirurgias no mês.
- Em 2024, o SAMU de Santarém registrou 1.461 atendimentos relacionados a acidentes de trânsito, envolvendo 1.779 vítimas. Apesar de uma redução de 61 vítimas em comparação com 2023, os acidentes de trânsito continuam sendo a principal emergência atendida.
- Em 2025, dados do primeiro trimestre mostram que o número de acidentes vem crescendo o que acaba impactando a ocupação de leitos no Hospital Municpal de Santarém. Apesar disso, a falta de atenção (especialmente pelo uso de celular) e a embriaguez ao volante seguem como as principais causas, com 200 acidentes registrados nos primeiros quatro meses do ano.
A superlotação dos leitos, a escassez de profissionais e os altos custos com tratamentos de urgência são alguns dos desafios enfrentados pela unidade de saúde. Muitos pacientes chegam em estado grave, demandando cuidados intensivos, o que sobrecarrega ainda mais a estrutura hospitalar.
0 Comentários