
Aeroporto não terá ponte de embarque
A ampliação do Aeroporto Internacional de Santarém (Maestro Wilson Fonseca), administrado pela Aena Brasil, teve início das obras nesse mês de abril/2025, com conclusão prevista para junho de 2026.
O projeto parte de um contrato de concessão que inclui outros aeroportos no Pará (Marabá, Carajás e Altamira), e visa modernizar a infraestrutura, aumentar a capacidade operacional e melhorar a segurança e o conforto dos passageiros. O investimento total para os 11 aeroportos do bloco SP/MS/PA/MG é de R$ 4,5 bilhões, com cerca de 2 mil empregos diretos gerados durante as obras no Pará.
MELHORIAS PREVISTAS:
- Terminal de passageiros: Ampliação de 1.300 m² para 4.400 m² (ou até 6.574 m², conforme algumas fontes), triplicando o tamanho. A área pública será quatro vezes maior, e a sala de embarque terá 660 m² com quatro portões.
- Capacidade: Passará a atender até 700 mil passageiros por ano, ante os 415 mil em 2022 e 350 mil até outubro de 2023.
- Infraestrutura operacional:
- Reconfiguração do pátio para oito posições de aeronaves tipo C.
- Construção de áreas de escape (RESA) em ambas as cabeceiras da pista.
- Instalação de PAPI (Indicador de Percurso de Aproximação de Precisão) na cabeceira 28 e realocação na cabeceira 10.
- Adequação da faixa lateral da pista e novo sistema de luzes de aproximação.
- Áreas de atendimento:
- 16 balcões de check-in (130 m²).
- Duas esteiras de restituição de bagagem (225 m²).
- Novas esteiras e preparação para inspeção de bagagens por tomógrafos.
- Acessos e áreas externas: Remodelação do meio-fio, ampliação do estacionamento e melhorias nas vias de acesso.
CRÍTICAS LOCAIS
O projeto é executado pelo Consórcio Nova Engevix & PowerChina, com licenças ambientais emitidas pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).
Apesar das melhorias, uma audiência pública no mês de abril revelou críticas locais, como a do vereador Alexandre Maduro, do deputado Henderson Pinto e do Secretário de Governo do Baixo Amazonas, Nélio Aguiar, que defendem um projeto mais ambicioso ou um novo aeroporto, considerando a relevância de Santarém e que seja instalado pontes de embarque (fingers).
PROJETO FRACO
Embora o projeto seja apresentado como um marco para o desenvolvimento regional, a limitação a uma “primeira fase” (conforme edital da Anac) e a ausência de planos para um novo aeroporto, como pleiteado por autoridades locais, sugerem que as melhorias podem não atender plenamente às demandas futuras, especialmente com o crescimento do turismo e a posição estratégica de Santarém entre Belém e Manaus. A Aena enfatiza que novas fases de investimento serão necessárias caso a capacidade atinja 80%, mas isso depende de monitoramento e execução eficazes.
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