A dependência financeira dessas equipes em relação às verbas estaduais torna o cumprimento do cronograma fundamental para evitar prejuízos ainda maiores. Qualquer atraso compromete não apenas os clubes menores, mas também a organização do torneio como um todo. O problema se agrava porque a Justiça Desportiva do Pará ainda não concluiu o julgamento dos recursos apresentados pelos times penalizados por infrações ao regulamento. Somente após essa etapa, o caso seguirá para o Pleno do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), que pode reformar ou até extinguir as penalidades aplicadas. Caso as decisões não agradem as partes envolvidas, os clubes Capitão Poço, Tuna, Remo e Bragantino ainda poderão recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), o que pode arrastar a paralisação por mais tempo.
Mesmo com previsões otimistas, o retorno do Parazão só deve ocorrer no fim de março, às vésperas do início da Série B do Campeonato Brasileiro. Se as partidas restantes forem disputadas nesse período, a competição estadual pode invadir as datas do torneio nacional, prejudicando a preparação e o desempenho das equipes, especialmente de Remo e Paysandu. Na tentativa de acelerar o desfecho da situação, o jurídico do Remo tentou excluir o artigo 31 do regulamento do Parazão, apontado como a origem do impasse, mas o TJD rejeitou o pedido.
A indefinição e a demora nos julgamentos tornaram o Campeonato Paraense um problema sem solução imediata, esvaziando a competição e ampliando os prejuízos para os clubes. Enquanto a disputa segue travada nos tribunais, a crise se intensifica, deixando evidente a fragilidade estrutural do futebol paraense.
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