Marchinhas antigas de carnaval podem ser proibidas no Pará, por causa de conotações preconceituosas


O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) realizou uma reunião com representantes do poder público e da Federação dos Empresários, Produtores e Empreendedores Culturais do Estado do Pará, com o objetivo de discutir a vedação da veiculação de marchinhas de carnaval que tenham conotação racista, machista, homofóbica ou preconceituosa durante o período carnavalesco de 2025. 

Membros do MPPA, Secult e outros órgão na reunião 
Reprodção/MPPA

Participaram do encontro, além da promotora de justiça, Maria da Penha de Mattos Buchacra, o presidente da Federação dos Empresários, Produtores e Empreendedores Culturais do Estado do Pará, Widelton dos Santos Lopes, membros da Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e Procuradoria Geral Pará (PGE-PA).

A audiência ocorreu para atender à demanda da Federação, que solicitou a instauração de procedimentos administrativos a fim de impedir a execução de músicas que contenham letras preconceituosas em eventos de natureza pública. 

Segundo o documento entregue ao MPPA, tais canções foram "feitas em um Brasil dos anos 40 e 50 que não tem mais a ver com as conquistas sociais dos tempos modernos". O único estado que possui legislação vigente sobre o tema é a Bahia.


0 Comentários