A redação do Blog Tapajós Notícias, entrou em contato com todos os candidatos a prefeito de Santarém, para saber a opinião dos prefeituráveis sobre o estacionamento rotativo Zona Azul, implantado em dezembro de 2023 nas ruas de Santarém.
Fizemos a seguinte pergunta: caso seja eleito (a), como ficará a situação da Zona Azul? Veja abaixo a resposta dos candidatos.
Delegado Jardel
A zona azul precisa ser pensada antes de tudo como iniciativa para democratizar o acesso dos consumidores ao centro comercial. Os valores precisam ser muito mais acessíveis e fracionados para permitir maior flexibilidade no usufruto da zona, por exemplo frações de hora.
A zona azul precisa ser entendida como a organizadora do uso dos estacionamentos e não como meio de arrecadar recursos dos consumidores. Com a zona azul teremos uma melhor organização do estacionamento na aérea comercial, tornando o centro comercial mais atrativo. (Delegado Jardel)
JK do Povão
Caso seja eleito a prefeito, iremos cancelar este contrato. Não se pode deixar na mão de uma empresa de fora, que leva todo o dinheiro. Posteriormente, criaremos uma autarquia, para o contrato ficar sobre o controle da prefeitura. O valor da arrecadação precisa ser revertido para melhorias no trânsito do município. Principalmente na questão da sinalização das ruas. Com a arrecadação, iremos investir em sistemas de sinalização mais modernos. A Zona Azul, ficará restrita somente na área central (comércio) de Santarém. A tarifa precisa ser reduzida drasticamente, podendo, de repente, ficar em R$ 2 reais (hora) para carro e R$ 1 real (hora), para moto. É necessário também ver a situação dos moradores que tem carro e moram na área central. Outro ponto será a realização de uma audiência pública com a população, entidades empresariais e lojistas para sabermos a opinião de todos sobre a Zona Azul, para posteriormente darmos andamento ao novo contrato do estacionamento rotativo Zona Azul. (Jk do Povão)
Hugo Diniz
Apesar da Zona Azul ter sido uma proposta do setor comercial para o Centro de Santarém, o edital de licitação previu uma área bem maior que o Centro. Foram incluídas, no contrato, as áreas da Mendonça Furtado, do Mercadão 2000, da Anísio Chaves, da Sérgio Henn (da Bartolomeu à Moaçara) e da Bartolomeu de Gusmão (da Sérgio Henn à Barão). Foram propostos pela Prefeitura os valores de 4 reais por hora e uma notificação de 20 reais por irregularidade.
O problema mais grave do edital foi a falta de previsão de vagas para moradores.
Apesar destas falhas de planejamento, temos um contrato assinado com a RSBC, com vigência de 10 anos.
Atualmente, a Zona Azul não está cobrindo a área total prevista em contrato.
A empresa RSBC não cumpriu a exigência de instalação de um sistema de estacionamento especial para bicicletas, com vagas gratuitas e baias de segurança, vigiadas por câmeras.
No meu governo, faremos um audiência pública para avaliarmos a execução do contrato pela RSBC e os impactos nos negócios no Centro de Santarém, na visão dos clientes, dos trabalhadores e dos empresários. As articulações com a empresa, para as devidas mudanças na operação, serão realizadas pela Prefeitura. Diferente do que acontece hoje, pois os empresários precisam demandar direto da empresa, que não oferece as respostas.
De modo imediato, as mudanças precisam ser a garantia de vagas para quem mora no Centro; a tolerância de 15 minutos sem pagamento; maior facilidade de estacionamento para pessoas prioritárias; e a presença na cidade de um representante da RSBC que possa, de fato, responder pelo contrato.
Na Prefeitura, implantarei um sistema de gestão de contratos, que dará transparência ao detalhamento da execução de cada contrato, aumentando a fiscalização, o controle social e a eficiência. (Hugo Diniz)
Izabel Sales
Santarém é uma cidade de médio porte sem qualquer planejamento de crescimento urbano. Decidir por não se planejar traz altos custos sociais. Um deles é a mobilidade urbana. A ausência de eficiente e digno modal de transporte coletivo fortalece a opção do transporte individual.
Por conta disso, a organização e controle da utilização dos espaços centrais se mostra mesmo necessário, aos moldes do que o município adotou recentemente.
Infelizmente, a gestão tradicional vê em toda necessidade social uma oportunidade de negócio.
Somos favoráveis ao planejamento e organização do uso dos espaços públicos como estacionamentos abertos, porém não defendemos a privatização dessa tarefa pública.
A administração municipal tem todas as condições de fazer o que hoje faz a empresa “Zona Azul”. Não há notícia de que o governo atual tenha realizado estudo de viabilidade dessa atividade ser feita diretamente pela prefeitura.
A vantagem de não privatizar essa tarefa é que Poder Público não visa lucro, empresas sim.
Nós defendemos que a rotatividade necessária para esses espaços de estacionamento pode e deve ser de 30 minutos sem cobrança de qualquer taxa. Isso porque o objetivo dessa organização é garantir a rotatividade e não o lucro de uma empresa que visa para explorar o bolso do motorista santareno, que já tem um alto IPVA/Licenciamento para pagar todo ano.
Zé Maria Tapajós
Entramos em contato na sexta-feira (16), com a equipe do candidato José Maria Tapajós, informando sobre a preparação dessa reportagem. Até a divulgação desse material, nesta segunda-feira (19), não ocorreu nenhum retorno por parte do candidato e nem de sua equipe.
1 Comentários
Parabéns pela iniciativa! Esse é um ótimo caminho para entender quem são os nossos candidatos
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