Seca na Amazônia em 2024 poderá ser a maior já registrada na história; se preparem para o pior cenário


A estiagem em 2024 na Amazônia poderá ser tão ou mais severa que em 2023, onde foi registrada como a pior estiagem da história. O alerta é do governo do Estado do Amazonas. 

De acordo com último boletim hidrológico da Bacia do Amazonas, feito pelo Serviço Geológico do Brasil, o Rio Negro, em Manaus, ainda está subindo e atingiu a cota de 25,7 metros. O pico da enchente deverá ocorrer a partir do mês de junho e deve ficar este ano dentro da normalidade. 
No Pará, também foi registrado baixos volumes de chuva na cabeceira dos rios. 
O alerta, porém, é para o período de estiagem. Os baixos volumes de precipitação previstos até o mês de julho sobre as cabeceiras dos rios Juruá, Purus e Madeira indicam uma ameaça de seca no estado.

Segundo a Defesa Civil do Amazonas, a população pode se antecipar às consequências da estiagem fazendo estoque de água, alimentos e medicamentos para enfrentar o período crítico. O pico da vazante deve começar em outubro, no Rio Solimões, Negro e Amazonas. De acordo com Francisco Máximo, secretário do órgão, o poder público também vai disponibilizar locais para receber as famílias que precisarem deixar suas casas por causa dos isolamento consequência da estiagem.


De acordo o governo do Amazonas, os níveis dos rios em todas as calhas do estado estão abaixo do esperado, se comparado a anos anteriores. No caso de Manaus, o Rio Negro, neste período do ano, está mais baixo até do que no ano passado, quando houve a seca histórica. Ou seja, a estiagem este ano pode ser tão ou mais intensa quanto a de 2023.

Neste mês, o governo do Amazonas anunciou a emissão de licenças ambientais para a dragagem em quatro trechos de rios. O trabalho será feito pelo governo federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). A retirada dos sedimentos do fundo dos rios facilita a navegação de embarcações e evita que elas encalhem, quando as águas baixarem. Outras ações também são consideradas "urgentes", como manutenção de portos e aeroportos; soluções para acesso à água potável; e medidas que evitem o desabastecimento de combustíveis e comércio.

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