Projeto "Voa Brasil" com passagens aéreas de R$ 200 poderá não beneficiar a região norte


Anunciado no ano passado por Márcio França, o então Ministro de Portos e Aeroportos, o Programa Voa Brasil serviria para atender à classe mais pobre da sociedade brasileira, focando em aposentados pelo INSS e estudantes bolsistas do governo.

A proposta era de usar assentos que saem vazios em voos comerciais para serem comercializados a R$200, visando atingir um público com menor poder financeiro e que não costuma viajar de avião ou nunca viajou.

Desde o início tiveram vários questionamento sobre a viabilidade do programa, como antecedência mínima para compra, possível interferência do governo na política de preço das aéreas, além de afetar um programa interno de benefícios das companhias que passam os assento vazios para funcionários e familiares viajarem, sendo um dos grandes chamativos para recrutamento no setor.

O programa acabou sendo postergado por mais de uma vez e o Ministro foi trocado, entrando Silvio Costa Filho, que tinha prometido para até o final do mês de fevereiro já anunciar o programa de fato.

Agora, a Folha de São Paulo revelou que o programa sairá em breve, mas com outra proposta: ser um agregador de promoções de passagens aéreas até R$200, uma espécie de Decolar.com ou SkyScanner, mas do governo. 

Ou seja, o agregador de promoções tem como objetivo reunir diferentes vendedores em um único ambiente online, chamado de portal de venda ou de marketplace. 

Modelo de agregador de vendas

O governo apenas irá mostrar o preço das passagens onde a venda será direcionada para a página da empresa aérea.

A meta seria comercializar ou disponibilizar neste portal entre 4 a 5 milhões de passagens aéreas até R$200, somado os bilhetes da Azul, GOL e LATAM, mas não necessariamente dividido igualmente ou proporcionalmente entre as empresas.
Como as passagens aéreas na região norte, são vendidas com valores altos, podendo o menor preço passar de R$ 400, o programa Voa Brasil, não servirá para atender os passageiros dos estados do norte. 
Existe um plano para que o site tenha um contador (não está claro se isto será visível ao público) para o governo medir o quão bem ou não o programa está indo. Existe também a ideia de limitar a venda para duas passagens por pessoa.

Ainda não está claro se as passagens disponibilizadas ali serão exclusivas daquele canal ou também estarão disponíveis nos sites das companhias aéreas ou em agências de viagens, físicas ou online.

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