Por que não houve prisão do padre acusado de importunação sexual contra menor em Santarém ?


Com informações:
O Liberal / Blog do Justiceiro


A Arquidiocese de Santarém suspendeu, temporariamente, um padre da igreja de Santo Antônio, no bairro Jaderlândia, em Santarém, Oeste do Pará, após acusações de importunação sexual contra uma coroinha (menor), da igreja. 

A decisão foi promulgada na última quarta-feira (10) pelo arcebispo metropolitano de Santarém, dom Irineu Roman. 

O padre foi denunciado, na última terça-feira (10), sob a suspeita de ter pedido um beijo a uma criança de 12 anos, que é coroinha da igreja.

“Em relação à denúncia de um suposto assédio cometido por um presbítero incardinado nesta Arquidiocese de Santarém contra uma coroinha, informamos que até o presente momento, não recebemos nenhuma denúncia da suposta vítima ou dos órgãos civis competentes, tendo tomado conhecimento apenas pelas redes sociais e imprensa. No entanto, por se tratar de uma notícia pública, a Arquidiocese comunica que, afasta temporariamente, o Padre de suas atividades ministeriais, a partir desta data, para apuração dos fatos”, detalha a nota da Arquidiocese.
Crimes sexuais raramente tem punições, prisões ou pelo menos um pedido de busca e apreensão na casa do acusado, devido as autoridades de segurança e a justiça do Brasil, não darem importância para acusações de crianças de baixa renda (pobres), envolvendo membros da Igreja Católica. 
O caso foi registrado à polícia por familiares da vítima, segundo informações do portal O Impacto, em depoimento às autoridades policiais, a família da criança relatou que em dado momento durante a organização do altar para a missa, o religioso se aproximou da vítima e falou no ouvido dela que queria um beijo na boca. Como forma de se defender da suposta importunação sexual, a vítima teria usado do argumento de que tinha namorado. Ainda segundo os relatos da vítima, os assédios já eram feitos desde quando ela tinha 10 anos.

Em nota, a Polícia Civil confirmou que o caso já está sendo investigado. “A Polícia Civil informa que o caso é investigado sob sigilo pela Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e Adolescente (DEACA/Santarém)”, diz o comunicado.

DEFESA

Por meio das redes sociais, nesta quinta-feira (11), o advogado do padre, publicou uma nota informando que o padre nega as acusações. Segundo a defesa do religioso, em nenhum momento houve qualquer contato físico, troca de olhares inapropriados ou outro tipo de insinuação. “É fundamental reiterar o princípio básico da justiça: a presunção de inocência até que se prove o contrário. Entendemos a gravidade das alegações e respeitamos o processo legal. No entanto, é vital que se evite o julgamento precipitado e a condenação pública sem o devido processo legal”, diz a nota.

Também na nota, o advogado frisa que “a reputação de uma pessoa, construída ao longo de uma vida de dedicação e serviço, não deve ser manchada por acusações infundadas”. Estamos colaborando totalmente com as autoridades competentes para esclarecer os fatos e estamos confiantes de que, ao final do processo legal, a inocência será comprovada. Pedimos respeito pela privacidade e pela integridade de todas as partes envolvidas durante a apuração do fato”, esclarece a defesa.

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