Artista de circo venezuelana foi estuprada e queimada viva antes de ser morta no Amazonas

Imagem: Instagram 

Fonte: Terra/UOL

A dolorosa descoberta do cadáver de uma artista de circo venezuelana no estado do Amazonas destaca a insegurança vivenciada por mulheres diariamente. Neste caso, a vítima foi uma cicloviajante que viajava em direção a Puerto Ordaz, onde a mãe mora, na véspera do Natal.

A Polícia Civil do Amazonas revelou que a venezuelana Julieta Ines Hernandez Martinez, de 28 anos foi vítima de estupro e teve seu corpo queimado antes de ser assassinada. 

O casal responsável pelo crime, Thiago Angles da Silva, de 32 anos, e Deliomara dos Anjos Santos, de 29 anos, encontra-se detido após confessar o crime perverso.

O episódio de violência teve início com o roubo de um celular, supostamente idealizado por Thiago Angles da Silva, que, segundo o delegado Valdnei Silva da 37ª Delegacia Interativa de Polícia de Presidente Figueiredo (AM), passou os três dias anteriores consumindo crack.

Na madrugada de 24 de dezembro, por volta de 1h da manhã, Thiago abordou Julieta, que dormia em uma rede na área de uma pousada em Presidente Figueiredo (117 km de Manaus). A vítima, uma artista de circo que percorria o Brasil de bicicleta em direção à Venezuela, foi rendida com uma faca, sendo posteriormente estuprada por Thiago, que também ordenou à sua namorada, Deliomara, que amarrasse os pés da viajante.

Mesmo relutante, Deliomara concordou em roubar o celular e, juntamente com Thiago, ficou com a bicicleta da vítima. O casal residia em uma pousada precária na região.

O estupro ocorreu na cozinha da pousada, onde Julieta foi brutalmente agredida. Deliomara, fora de controle, despejou álcool sobre a artista e seu namorado, ateando fogo em ambos. Thiago conseguiu apagar as chamas que consumiam Julieta, mas, posteriormente, aplicou uma segunda gravata, fazendo com que a vítima desmaiasse.

A tragédia continuou com Deliomara arrastando Julieta por aproximadamente 15 metros e a enterrando, em seguida. O estado avançado de decomposição do corpo tornou difícil identificar se houve sinais de queimadura, e a perícia aguarda para determinar o momento da morte.

Thiago, que não participou da ocultação do corpo, estava no hospital na ocasião. Após receber alta, retornou à pousada onde vivia com Deliomara.

A investigação teve avanços quando um homem, ao passar pelo local, reconheceu a bicicleta de Julieta e alertou a Guarda Municipal. O casal foi detido em flagrante, confessando o crime e levando a polícia até o local onde Julieta estava enterrada. Ambos estão sob prisão preventiva, aguardando a resposta da Justiça.

O inquérito apura estupro e homicídio duplamente qualificado, considerando por meio cruel e motivo torpe. O delegado Valdnei aguarda laudos periciais para concluir as investigações, enquanto Thiago, com histórico criminal por tráfico de drogas, e Deliomara, que nega o uso de entorpecentes, permanecem detidos sem defesa legal até o momento.

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