Acordo comercial entre União Europeia e Mercosul pede o fim do garimpo e desmatamento na Amazônia

Lula e garimpo ilegal na Amazônia 


O acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia foi firmado em junho de 2019, depois de duas décadas de negociação. 

A conclusão completa do texto e o começo do processo para sua implementação ficaram travadas nos últimos 4 anos, pois os europeus resistiam em tratar do assunto com o governo Jair Bolsonaro, diante da piora nos índices de desmatamento na Amazônia. 

Agora, apesar do trabalho dos dois lados para concluir o acordo ainda neste ano, se criou negociações adicionais colocadas à mesa pelos europeus e pelo governo Lula. 

Os sinais de boa vontade dos dois lados para tirar o acerto do papel foram dados no início de 2023, com o estabelecimento de um cronograma para encerrar até julho deste ano todas as pendências.

Em março, no entanto, a União Europeia enviou ao Mercosul um protocolo adicional, com novas condicionantes na área ambiental. 

O foco europeu, segundo os negociadores do Mercosul, está apenas em um pilar do conceito de “desenvolvimento sustentável”. 

Em abril, o Parlamento Europeu aprovou com ampla maioria, uma legislação que impede que produtos oriundos de áreas florestais que foram desmatadas a partir de 1º de janeiro de 2021 sejam vendidos nos 27 países que integram a União Europeia. 
União Europeia pede o fim do garimpo ilegal e do desmatamento na Amazônia. Sem esses pontos, não existe o fechamento final de um acordo comercial. 
A medida, segundo especialistas, pode ter grande impacto sobre as exportações brasileiras. A França já indicou que quer que a lei seja considerada no acordo com o Mercosul, o que indica mais cobrança sobre os compromissos ambientais pedidos pela UE.

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