ELEIÇÕES: Em rota de colisão com o TSE, militares preparam programa de fiscalização das eleições

Os militares, sob o comando de Jair Bolsonaro (PL) e do general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, atual ministro da Defesa, preparam um plano de fiscalização das eleições a ser executado por oficiais das Forças Armadas.

Caso seja executado, será a primeira vez que os militares atuam nas eleições para além do suporte na logística das urnas. A informação foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta terça-feira (12).

Ao todo, segundo informou o ministro, serão oito etapas do processo eleitoral que os militares pretendem acompanhar. 

A intenção é verificar os processos desde a lacração das urnas, passando pelos testes de autenticidade e integridade, bem como pela verificação da totalização dos votos, na qual a contagem é comparada com os boletins de urna impressos.

Os militares ainda querem que os equipamentos usados nas eleições sejam submetidos a novos testes, que vão além dos que já são realizados pelo tribunal.

Bolsonaro, por sua vez, tem insistido que o Exército faça uma ‘apuração paralela’ do pleito. Algo já descartado.

A intenção de acompanhar as etapas do processo reveladas nesta terça-feira, pelo jornal se soma aos mais de 80 questionamentos feitos pelas Forças Armadas ao TSE ao longo dos últimos meses.

Para tirar o plano do papel, no entanto, os militares pediram informações ao Tribunal Superior Eleitoral referentes aos anos de 2014 e 2018, objetos de questionamento de Bolsonaro. 

O presidente tem dito que, em ambos os casos, as eleições foram fraudulentas.

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