De acordo com a nota da estatal, o cenário é de escassez global, o que faz o abastecimento nacional requerer uma atenção especial.
O quadro se acentua principalmente diante do consumo do combustível ser mais alto no segundo semestre devido às sazonalidades das atividades agrícola e industrial. “Ressalta-se, também, que o mercado interno registrou recorde de consumo de óleo diesel no ano passado e essa marca deverá ser superada em 2022”, ressalta a Petrobras.
Defendendo a atuação da empresa na conjuntura econômica atual, a Petrobras reforça que a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado “é condição necessária para que o país continue sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diversos agentes”.
Ou seja, sem reajuste de preços o país corre sério risco de desabastecimento do diesel.
A proposta do governo Bolsonaro é zerar os impostos federais sobre a gasolina e o gás de cozinha. A alíquota dos tributos como a PIS/Cofins para o diesel já foi zerada em 2021.
Enquanto isso, tramita no Congresso um projeto de lei complementar (PLP 18) que estabelece teto de 17% para o ICMS cobrado pelos Estados sobre os preços de gasolina, diesel, energia, telecomunicações, gás e transporte urbano.
Mesmo com todo esse malabarismo fiscal, a União pode queimar impostos em vão: além de não reduzir os preços dos combustíveis na bomba, o governo corre risco de desabastecimento caso a Petrobras não elimine a desfasagem entre o preço interno e o preço internacional.
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