GUERRA: Com petróleo batendo recordes de aumento, gasolina poderá chegar a R$ 10 no Brasil


Os preços do petróleo subiram nesta segunda-feira (28), impulsionados pelo conflito na Ucrânia e pelas sanções ocidentais, que colocam as exportações russas sob pressão.

O preço do barril do Brent para entrega em abril fechou em forte alta, de 3,12%, a 100,99 dólares. Em Nova York, o barril do WTI para abril subiu 4,50%, fechando a 95,72 dólares.

Investidores de Wall Street apostam que o movimento de alta que levou a cotação do barril de petróleo a mais de US$ 105, apurado na semana passada após o início da invasão russa à Ucrânia seja apenas o começo de uma trajetória de elevação. Alguns consideram que a cotação possa se aproximar do recorde de 2008, quando se aproximou de US$ 150, devido às limitações globais de oferta.

AUMENTO DE PREÇO

Essa volatilidade tende a elevar ainda mais o valor dos combustíveis no Brasil. Porém, hoje mais cedo a Petrobras afirmou que não pretende mexer em sua política de preços. Ou seja, pode ocorrer aumento nos combustíveis a qualquer momento, com o risco da gasolina chegar a R$ 10,00 nos próximos meses. 

O argumento é o de que, se não acompanhar as cotações do petróleo e dos derivados, o mercado brasileiro de combustíveis e o abastecimento interno poderão ser afetados, como afirmou o diretor de Comercialização e Logística da estatal, Cláudio Mastella, em teleconferência com analistas para detalhar o lucro recorde de 2021.

A Petrobras utiliza o Preço de Paridade de Importação (PPI) para definir os reajustes dos valores da gasolina e óleo diesel em suas refinarias.

Por essa política, os preços internos deveriam subir em linha com a valorização das cotações do petróleo e dos seus derivados nos principais mercados mundiais de negociação, como o do Golfo do México, nos EUA, e o de Londres.

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