Bolsonaro cobra da Petrobras redução no preço do combustível; Petróleo reduziu de preço

O presidente Jair Bolsonaro (PL), disse, nesta terça-feira (15), que "com toda a certeza" a Petrobras vai reduzir o preço de combustíveis cobrando da empresa um ajuste nos valores diante da queda do valor da cotação do petróleo nos mercados globais nos últimos dias.

"Estamos tendo notícia de que nos últimos dias o preço do petróleo lá fora tem caído bastante. A gente espera que a Petrobras acompanhe a queda de preço lá fora. Com toda certeza fará isso daí", disse, durante cerimônia no Palácio do Planalto.

Em outro trecho do discurso, o chefe do Executivo ironizou: "Espero que nossa querida Petrobras, que teve muita sensibilidade ao não nos dar um dia [para anunciar o aumento], ela retorne, como na semana passada, o preço do combustível no Brasil."

Mais cedo, em entrevista à TV Ponta Negra, do Rio Grande do Norte, o presidente já havia criticado a Petrobras. "É impagável o preço dos combustíveis no Brasil e lamentavelmente a Petrobras não colabora com nada", disse o presidente.

Após a cotação do barril de petróleo beirar os US$ 140, a Petrobras anunciou na quinta-feira (10) um mega-aumento de 24,9% no diesel e de 18,8% na gasolina. Os preços estavam sem reajuste desde 12 de janeiro.

A divulgação do mega-aumento ocorreu no mesmo dia da votação do pacote tributário para tentar conter os preços de combustíveis. Se por um lado o aumento ampliou o senso de urgência dos parlamentares, por outro contrariou Bolsonaro, que queria ter na manga uma solução prévia para a alta nas bombas. Agora, a pressão exercida pela cotação do barril de petróleo se inverteu. 

O aumento de casos de Covid-19 na China, que ameaça as perspectivas de crescimento da segunda maior economia do mundo, e as negociações de cessar-fogo entre a Rússia e Ucrânia derrubaram o preço abaixo de US$ 100 nesta terça-feira.

Assim como Bolsonaro, ministros da ala política também avaliam que a companhia deveria rever o reajuste, dado o novo cenário do petróleo no mercado internacional.

Desde o final de semana, o presidente intensificou suas críticas à estatal. Chegou a dizer que ela não tem sensibilidade com a população, após anunciar o mega-aumento no preço dos combustíveis, devido ao conflito na Europa.

Bolsonaro queria que a estatal esperasse a votação do projeto no Congresso que zerava o imposto federal sobre o PIS/Cofins do diesel e do gás de cozinha. O texto foi sancionado na noite de sexta-feira.

O chefe do Executivo disse que foi a um posto de gasolina e questionou o frentista sobre o aumento no preço do diesel, utilizado por caminhoneiros.



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