O comentário de um magistrado do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJPA) feito no perfil pessoal em uma rede social tem provocado debates e dividido opiniões desde as últimas horas em que foi publicado. O desabafo feito por André Alencar Spíndola para um público restrito na plataforma do Twitter pincelava um pouco sobre o preconceito que alegava sofrer por ter sido considerado “uma pessoa simples”.
“Hoje recebi uma crítica de uma pessoa próxima de que eu não ‘me porto como juiz’”, relata. Ele diz que foi criticado por comer numa feira. “O que é ‘ter porte de juiz’? Agora só porque eu passei no concurso não posso comer na feira? Não posso ir a um lugar simples? Tenho que sempre andar arrumado, na pose, bancando o fino e elegante?”, desabafa.
Natural do Maranhão, o magistrado alega que “veio de baixo” e que não liga para roupas de marca ou vestimentas mais refinadas para se sentir bem vestido. “Adoro sair por aí de bermuda e chinelo e isso não define quem eu sou”, diz.
“Me falaram que sou juiz, mas com cabeça de estagiário, que eu não tenho bom senso (...) Não sou adepto dessa visão glamorosa que tem a sociedade de que, por ser juiz, não posso estar vestindo assim, assado, não posso frequentar determinados lugares ‘inapropriados’ pra minha condição social”, continua.
Na publicação, o magistrado dividiu opiniões, assim como impulsionou um longo debate sobre o tema, com internautas compartilhando experiências parecidas que tiveram trabalhando no Judiciário.
“No início, estranharam. Agora, acostumaram”, disse um juiz que afirma exercer a função há 14 anos e que também saía para bares e feiras, além de usar trajes mais casuais.
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