Confederação dos Municípios reage contra a paralisação da vacinação de adolescentes


A Confederação Nacional de Municípios divulgou uma nota em que rebate as declarações do ministro Marcelo Queiroga feitas na última quinta-feira. Na ocasião, o ministro botou culpa em estados e municípios pela retirada de adolescentes sem comorbidades do plano de vacinação contra Covid.

A suspensão da vacinação de adolescentes contra a Covid-19, anunciada pela Secretaria Especial da Covid do Ministério da Saúde, não passou pelas equipes de especialistas do Programa Nacional de Imunização e da Câmara Técnica do Ministério da Saúde. Os conselhos de secretários de saúde estaduais e municipais também não foram consultados. O ministro Marcelo Queiroga alegou a ocorrência de efeitos adversos para o recuo de adolescentes.


De acordo com a confederação, as Secretarias de Saúde Municipais seguiram nota técnica divulgada pelo ministério no dia 2 de setembro em que “recomendava a ampliação da oferta da vacinação contra a Covid-19 para a população de 12 a 17 anos sem comorbidades”.

No último dia 15, porém, os municípios foram surpreendidos quando a pasta suspendeu a vacinação dessa faixa etária.

NOTA DA CNM

“A Confederação expressa sua perplexidade em relação à fala do Ministério da Saúde na coletiva de imprensa do dia 15 de setembro, na qual passou a culpabilizar os Municípios de criarem tumultos e interrompeu a vacinação de adolescentes de 12 a 17 anos sem comorbidades alegando problemas de segurança da vacina da Pfizer, fator que não tinha sido cogitado em notas ou falas anteriores. A entidade entende que esse posicionamento apenas serve para confundir a população brasileira. Assim, a emissão de avaliações negativas do Ministério da Saúde, justamente por Municípios avançarem na campanha de vacinação, é absolutamente contraproducente.

Torna-se, portanto, urgente a disponibilização de documentos norteadores aos Municípios para a vacinação da população de 12 a 17 anos o quanto antes, sob pena de gerar desorganização e ainda, algo muito mais grave, que é a insegurança da população perante um ou outro esquema vacinal.”





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