Governo federal quer permitir crédito consignado para beneficiários do Bolsa Família

O governo federal deve incluir na nova versão do programa Bolsa Família a possibilidade de que beneficiários tomem empréstimos consignados. Assim como ocorre com aposentadorias, as parcelas da dívida seriam pagas por meio de um desconto mensal no valor do benefício.

De acordo com fontes, a medida deve limitar em 30% o valor a ser comprometido com o crédito. Por exemplo, quem ganha R$ 200 não poderá assumir um contrato com pagamentos mensais de mais de R$ 60.

O plano faz parte do que vem sendo chamado internamente no governo de "tripé" formado pelo consignado, oferta de microcrédito e educação financeira. As medidas seriam voltadas principalmente para mulheres chefes de família.

O governo corre para fechar os últimos detalhes do programa, que deve mudar de nome e faz parte da estratégia do presidente Jair Bolsonaro para elevar sua popularidade, já de olho nas eleições de 2022.

Bolsonaro tem pressionado técnicos dos ministérios da Cidadania e da Economia para que o valor médio do novo benefício chegue perto de R$ 300. Hoje, essa média é de R$ 190. Os planos iniciais da equipe econômica previam repasse médio de R$ 250.

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