O ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas, delegado Alexandre Saraiva, detalhou na segunda-feira (26), na Câmara dos Deputados, as denúncias de organização criminosa, advocacia administrativa e obstrução de fiscalização por parte do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. As denúncias constam de notícia-crime que o delegado enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 14 de abril. Saraiva participou de audiência virtual conjunta das Comissões de Legislação Participativa e de Direitos Humanos.
Alexandre Saraiva explicou que os supostos crimes de Ricardo Salles ocorreram após a Operação Handroanthus, da Polícia Federal, apreender 213 mil metros cúbicos de madeira ilegal na divisa entre Amazonas e Pará, no fim do ano passado.
A investigação apontou desmatamento ilegal, grilagem de terra, fraude em escrituras e exploração madeireira em áreas de preservação permanente. Saraiva foi exonerado da superintendência do Amazonas um dia após enviar a notícia-crime para o STF. O delegado relatou aos deputados a atuação do ministro Ricardo Salles em prol de quem chamou de “criminosos ambientais”.
Saraiva foi exonerado do comando da Superintendência da Polícia Federal do Amazonas, no dia 20 de abril.
Em seu perfil no Instagram, o Delegado Alexandre Saraiva, publicou a imagem da primeira balsa apreendida, com madeira ilegal, que foi resultado de desmatamento no estado do Pará.
"delegadosaraiva - Esta foi a primeira balsa interceptada - no Amazonas - com madeira ilegal proveniente do Pará. Logo na primeira perícia foi atestado que as espécies descritas na documentação não correspondiam às contidas na balsa. O comandante foi preso e o flagrante homologado pela Justiça Federal do Amazonas."
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