Apoiadores de Bolsonaro lançam campanha no Twitter contra o senador Renan Calheiros


Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, como as deputadas Carla Zambelli (PSL-SP) e Alê Silva (PSL-MG), estão fazendo uma campanha no Twitter contra a possibilidade do senador Renan Calheiros (MDB-AL), ser o relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigará a forma como o governo federal está lidando com a pandemia e o uso de recursos da União por outros entres federados.


O relator é o responsável por elaborar o relatório final do colegiado e tem grande influência sobre os trabalhos de uma CPI. Há acordo para o senador alagoano ocupar o posto, mas só haverá confirmação quando o colegiado for instalado.

A hashtag #RenanSuspeito foi a 5ª mais citada no Brasil na manhã deste domingo (18), por perfis dos apoiadores de Bolsonaro. 

Renan é crítico ao governo federal e tem demonstrado apoio ao petista e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve ser o principal adversário de Jair Bolsonaro na disputa pelo Planalto nas eleições do ano que vem.

O Senado criou a CPI depois de determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), não queria. Ele chegou ao posto com apoio de Bolsonaro.

O governo conseguiu que a CPI tivesse como alvo não só a conduta do Executivo federal, mas também o uso de recursos repassados a Estados e municípios.

“Se a CPI vai investigar os repasses da União a Estados, tem sentido o possível relator ser PAI de um dos governadores?”, escreveu Carla Zambelli em sua conta no Twitter.

Ela se refere ao fato de Renan Calheiros ser pai de Renan Filho (MDB-AL), governador de Alagoas. Apoiadores de Bolsonaro têm dito que o governo federal fez sua parte no combate à pandemia transferindo recursos para os Estados. E que é preciso apurar o que é feito com os recursos.

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