Devido ao agravamento da pandemia do novo coronavírus, o Campeonato Paulista e todas as atividades esportivas param em São Paulo a partir desta segunda-feira (15), em meio a indefinições sobre quando e como irá voltar.
Contabilizando um total de 2.202.983 de casos de Covid-19 e mais de 64 mil mortes pela doença no estado, além de uma taxa de 88,4% dos leitos de UTI ocupados, o governador João Doria (PSDB) endureceu as regras de reabertura da economia e determinou a interrupção das atividades esportivas no estado por um período inicial de 15 dias. Apenas treinos estão liberados.
A suspensão, no entanto, é contestada pela ampla maioria dos clubes paulistas e pela Federação Paulista de Futebol (FPF).
Apesar da possibilidade de uma reversão total da proibição ser considerada remota, dirigentes dos clubes e a federação esperam pelo menos uma garantia do governo de que a paralisação não irá além do próximo dia 30.
De acordo com a tabela do torneio disponível no site da Federação Paulista, 30 jogos de três rodadas (5ª, 6ª e 7ª) estavam previstas para o período que compreende a paralisação, incluindo o clássico entre Palmeiras e São Paulo, na quinta rodada. Jogos da Copa do Brasil e partidas das fases preliminares da Libertadores também serão afetados.
Levar jogos do Paulista para outros estados é uma das alternativas estudadas pela FPF para manter o campeonato dentro do período previsto e pressionar o governo por uma antecipação do retorno das partidas no estado.
A federação pode transferir para o estádio Independência, em Belo Horizonte, o jogo entre Palmeiras e São Bento, atrasado da terceira rodada do Estadual, e que está marcado para a próxima quarta-feira (17).
Se a paralisação se mantiver, mais jogos podem ser realizados fora de São Paulo.
A federação e os clubes da Série A1 (primeira divisão paulista) alegam que seus atletas e funcionários passam diariamente por testes e avaliações clínicas nos centros de treinamentos e que as chances de transmissão do vírus durante as partidas são mínimas.
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