COVID-19: Governadores podem iniciar o fechamento de estabelecimentos para conter 2ª onda


Secretários de saúde e governadores de vários estados do Brasil afirmam, nos bastidores, que a segunda onda da covid-19 é uma realidade no país. E dados endossam esta constatação. Levantamento da Fiocruz mostra que há uma tendência de alta no número de casos em pelos menos 12 capitais brasileiras. Deste total, sete apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI exclusivos para a doença superiores a 80%, quando o ideal seria ficar abaixo de 70%. 

As autoridades de saúde acreditam que nas próximas semanas vários estados e cidades vão adotar medidas de restrição de circulação e de atividades econômicas. Assim como na Europa, estas novas regras devem se concentrar principalmente em atividades de lazer, como bares e eventos que gerem aglomerações.

“O poder público precisa ter atenção. O processo de flexibilização teve muita falha, como no transporte público que não teve protocolos para evitar a aglomeração. É um lugar com alto risco, por ser fechado, sem boa ventilação”, explica Daniel Villela, pesquisador do Observatório Covid-19 e coordenador do Programa de Computação Científica da Fiocruz. 

O pesquisador da Fiocruz ainda observa que o Brasil nunca saiu de fato da primeira onda, com uma queda considerável na média diária de casos de covid-19, oscilando entre 20 mil e 35 mil. 

“Na Europa ficou bem mais clara a primeira onda e a segunda onda. Aqui no Brasil o número de casos estava caindo, mas não chegamos a um nível baixo. Ainda estamos em um patamar alto de casos e de óbitos”, diz Daniel Villela.


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