A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que adia as
eleições municipais de 2020, aprovada nesta semana no Senado, também altera as
datas do calendário eleitoral.
Entre as mudanças estabelecidas na proposta está o adiamento, de 30 de junho para 11 de agosto, da proibição de veiculação de programas de televisão que sejam apresentados ou comentados por pré-candidatos. Outra mudança trazida pela PEC se refere à data limite de registros de candidaturas, que passa de 14 de agosto para 26 de setembro.
Entre as mudanças estabelecidas na proposta está o adiamento, de 30 de junho para 11 de agosto, da proibição de veiculação de programas de televisão que sejam apresentados ou comentados por pré-candidatos. Outra mudança trazida pela PEC se refere à data limite de registros de candidaturas, que passa de 14 de agosto para 26 de setembro.
Vale ressaltar que a proposta ainda precisa ser aprovada
pela Câmara dos Deputados, onde também pode ser alterada. O presidente da Casa,
deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirma que a apreciação deve ocorrer na próxima
semana. O relator do projeto no Senado, senador Weverton Rocha (PDT-MA), afirma
que os candidatos das eleições deste ano não serão prejudicados com a alteração
das datas das obrigações junto à Justiça Eleitoral. Segundo ele, as mudanças
ocorrem de forma proporcional à data da eleição, conforme o que já estava
estabelecido no calendário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Pelo calendário do TSE, o primeiro e o segundo turno das
eleições estão marcados, respectivamente, para os dias 4 e 25 de outubro. O
texto aprovado pelos senadores prorroga essas datas para 15 e 29 de novembro.
Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (25), Maia afirmou ser
favorável ao adiamento do pleito, mas alegou que prefeitos têm pressionado o
Legislativo para a manutenção das eleições para outubro.
De acordo com Maia, esse tipo de cobrança é “incoerente”,
pois ocorre ao mesmo tempo em que os gestores locais cobram mais recursos para
conter a crise financeira ocasionada pela pandemia da Covid-19. “É incoerente o
prefeito dizer que ainda tem crise, que precisa de mais recursos para Saúde,
para o funcionamento da prefeitura e, ao mesmo tempo, uma boa parte desses
prefeitos defendem a manutenção das eleições para outubro”, disse.
O texto aprovado no Senado também autoriza o TSE a promover
ajustes no cronograma eleitoral conforme a incidência do novo coronavírus em
cada município. A corte pode inclusive, caso julgue necessário, adiar o pleito
até o dia 27 de dezembro deste ano. A posse dos novos prefeitos segue
inalterada com a proposta aprovada e continuará ocorrendo em 1º de
janeiro.
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