ANANINDEUA: Ministério Público pede o afastamento de servidores do grupo de risco



Uma recomendação conjunta do Ministério Público do Estado, expedida por promotores de justiça que atuam no município de Ananindeua, orientou os gestores municipais a adotarem providências para garantir a saúde dos servidores públicos municipais do grupo de risco durante a pandemia causada pelo novo coronavírus. 

O documento foi encaminhado ao prefeito, secretária de Saúde, secretários do município e aos responsáveis por estabelecimentos de saúde e demais servidores públicos municipais com cargos de direções e chefias, com o dever legal de evitar contaminações de subordinados pela covid-19. 

Foram recomendadas às autoridades, entre outras providências, o afastamento imediato do trabalho presencial dos servidores considerados do grupo de risco, bem como o afastamento imediato de quem for diagnosticado como caso suspeito ou confirmado de covid-19, não sendo exigido o comparecimento físico para perícia médica, podendo a pessoa entrar em contato telefônico com o órgão ao qual é vinculado e enviar a cópia digital do atestado por e-mail. 

Pode ser definido pela administração um outro fluxo que permita que a pessoa seja beneficiada com licença médica sem que seja exigida sua presença física no órgão. Os gestores municipais foram orientados também a estimular e concretizar amplamente o teletrabalho, para quem exercer função que seja compatível, priorizando as pessoas que estejam no grupo de risco da covid-19, mantendo-se a exigência de presença física no órgão público apenas nos casos absolutamente indispensáveis, adotando-se o rodízio ou quaisquer outras medidas compatíveis com a redução da frequência dos servidores e terceirizados no ambiente público.

Foi recomendado a disponibilização para toda população de canais não presenciais de contato, tais como, e-mails, sacs, telefones, dentre outros, permitindo o agendamento de atendimento presencial eventual, devendo haver ampla divulgação desses canais. As providências recomendadas englobam ainda a redução do fluxo de terceirizados nas dependências do serviço, e que o deslocamento de servidores e terceirizados ocorra em horários de menor movimentação de pessoas para evitar aglomeração, entre outras medidas. 

Com a Recomendação o Ministério Público do Estado busca “a adoção de medidas legais necessárias para garantir a proteção e respeito aos servidores dos grupos de riscos, sujeitando-se os responsáveis as medidas criminais, cíveis e administrativas, caso cabíveis de acordo com legislação em vigor”, enfatizam no documento os promotores de Justiça subscreventes. 

No Oeste do Pará, o Ministério Público está em silêncio a respeito do assunto. Os prefeitos de vários municípios da região, ignoram a determinação do Ministério da Saúde que pede o afastamento de servidores do grupo de risco, durante a pandemia do Coronavírus. 
Assinam o documento os promotores de Justiça Fábia Mussi de Oliveira Lima (Direitos Constitucionais Fundamentais, Patrimônio Público e Improbidade Administrativa), Arnaldo Célio da Costa Azevedo, Lizete de Lima Nascimento (Direitos Humanos, Controle Externo da Atividade Policial e Tribunal do Júri), Nadilson Portilho Gomes (Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher), Vânia de Campos Pinho, Érika Menezes de Oliveira (Cível), Eduardo José Falesi do Nascimento, Patrícia de Fátima de Carvalho Araújo (Infância e Juventude), Paulo Ricardo de Souza Bezerra, Ana Carolina Vilhena Gonçalves Gomes (Criminal) e Marlene Ramos Pampolha (Meio Ambiente, Patrimônio Cultural, Habitação e Urbanismo, Consumidor, Fundações).



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